domingo, 16 de março de 2008

O Amor

Recordo todo o meu passado em breves instantes
E fico circunspecto ao amor.
Se o senti, passou...
A memória estorva certos momentos,
A história passa, tal como todas as desilusões, actos falhados.
Faz cócegas no afecto?
Faz esquecer o dia a dia de rotina e tédio?

Poderia tecer considerações,
Cantigos de alma,
As ausências, o louvor,
A espera que desespera,
Frio na espinha.
Mas o que é?
Lembrança sentimental, valor?
A minha alma é a conta.
Factura elevada,
Não obedece a números, letras ou sermões.
A minha alma perturbada...
Quantas vezes fiz de conta,
Uma conta que não tem conta.
A alma pertence,
O corpo não,
O corpo não me pertence,
A alma, a solidão.
A conta, tantas vezes a conta afiada no meu coração...
Eu faço de conta, tantas vezes,
Outras contas por mim mesmo.
A escrita que me invade é a do sentimento,
Sentimento inconsequente,
Espelho que aponta a razão.

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