Um a um,
Cada sentimento,
Foi-me arrancado do meu peito.
O meu discernimento,
A razão,
Como homem refém de vida.
Sobrou o horror e o ser ausente
Que me fazem sentir marginal sem culpa aparente.
Vazio fiquei,
Inerte continuei.
Sem abraços ou flores no meu caminho.
Nem revolta sentia,
Quieto no meu ténue mundo.
Só som de cor neutra,
Som longínquo de mar.
A minha real presença,
Sem realidade de sensações.
Só receio e frio.
Um desfiar de horas mórbidas em suaves palpitações
Com ponteiros de horas e minutos que desmaiam,
Um relógio de complacência e encolher de ombros.
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