O dia de Domingo é calmo e desértico,
Mar de complacência terna.
A musica que passa é um sussurrar suave,
Leve brisa de final de tarde.
Vozes que chamam o meu nome,
Mas eu não presto atenção, estou paralisado
Presente num futuro de brava sabedoria.
Nunca é esta a minha realidade.
A voz distante do destino sem razão que suspira por mim é talvez chamamento divino,
Nesta permaneço atento, há vozes que me seguem...
A Terra vive, chora, chora-se, há um eterno peso de magia.
Uma leve película de aragem silvestre envolve-me suavemente os sentidos.
As horas do sino da igreja que ouço pelo ar
Invocam-me imagens maritimas, distantes,
Miragens desmaiadas, sem corpo nem espaço.
Eu eterno náufrago sem rumo...
Olho o céu,
O brilho das estrelas são como olhos de Deus
Guiando-me no mistério cego da fé.
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