sábado, 2 de fevereiro de 2008

O Louco

O louco estende-se na soleira da porta.
Anoitecem-lhe os olhos de choro soluçado.
As olheiras, as rugas, o rosto cansado.
O céu persegue-lhe a mente, a lua guia-o no seu caminho,
No casaco, suavemente, acaricia a história de um amor perdido.
Cumpre o mistério divino e secreto da eternidade.
Muito baixinho recita uma oração de igreja
E pede com todo o fervor por um amanhã de realidade.

Sem comentários: