O sol no azul céu,
Nuvens como farrapos emprestam
A sua delicadeza ao dia.
Por vezes admiro as aves
Que tão livremente voam no espaço,
No eterno bater de asas
Como se fosse fantasia de pensamento de final de tarde
Que espera a noite com um olhar cúmplice
De deixar o momento acontecer
Sem qualquer esforço de permanecer inteiro no cenário de luz que desvanece.
Nem sei o que se passa para além da ilusão
Da fotografia de memórias passadas
Guiando-me no ato de ser eu mesmo
A observar a realidade como literatura
Que leio e se torna quadro de emoções
De ternura e amor e me envolve
Em ondas de movimento que morre
Em cada linha de texto de vida.
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