Entretanto o tempo vem obscuro,
Como luz fundindo o silêncio
O meu corpo imaterial ainda dorme.
Meu Deus isto que sou
É afinal metáfora de demónio
Sorrindo em doença de manicómio,
Preso, entranhado em células cinzentas,
Não há luz que resista quando acordo para o dia
De todas as trevas de outrora
E ninguém, não há ninguém neste caminho embriagado
Nesta chaga que consome o sangue, odor de solidão.
Obrigado, eterno obrigado por esta vida.
Fico por aqui até me lembrar de desculpar toda esta maldade,
Todo o desgosto, todo este desperdício de gente
Que não entendo, nunca entenderei.
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