terça-feira, 2 de agosto de 2016

Quando Enfeitiçado

Fecho os olhos, eternos olhos,
Acendem o escuro, imagem distante, só eu,
Farejo sombras, desníveis e segredos, dúbias personagens,
Alçapões de alma que recordo,
Quando enfeitiçado, aceno de cor frente ao nada de presságio 
De ser enfim mais tempo que faço história de cordel
Ou apenas ninguém, sentimento, embaraço estático, estanque,
Uma melodia, olhos nus, neutros, soluços de dor,
O silêncio respira como uma fresta na janela do passado
E como humor ou amor a palavra deixa de significar
Quando tudo é uma serenata de mosaicos e apaziguar isto que rói
No problema rosto, no problema equação de cálculo sem resultado
Por se não inventar o inventário de sentido e semântica de números primos e o residual
E eterno conflito como a dor espiritual ou dor rupestre
De ainda anos que seguem o presente de se seguirem novos gestos,
Novos projectos ainda por avaliar por o real ainda não ser a solução deste tempo.

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