segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Que Vejo


Peço boleia a multidões de estranhos
Que espreguiçam noites mal dormidas,
Conhecem-me...
Fico a cismar...

Revisito-me no teatro do real,
Estou sozinho para o bem e para o mal.

Consigo identificar algumas personagens que sou:
A tristeza, a alegria fugaz, a nuvem cinzenta em Agosto.
Será que me vou reconhecer amanhã?
Serei o mesmo que se viu hoje ao espelho?
Óbvio, soturno?

A janela do meu quarto mostra-me um mundo
De sentimentos agrestes.
Tento-me acalmar
Questiono a aparência,
Os sinais,
O dia, a noite
A vida e a morte
Mas nunca encontro respostas.

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