Não sei se consigo capturar
O momento, o instante,
O negativo ou radiografia,
Revelação ou rebeldia.
Olhando o passado,
O instante presente,
Vejo o filme, o concreto,
A história ausente,
A realidade aparente.
Em noites de esquecimento,
Onde dançam as ondas
E os gestos gráficos,
Em procissões de inocência e fé,
Em ambientes místicos, distantes,
Em ambientes místicos, distantes,
Na invenção de rituais
De mãos rezando por um dia
De esperança, de consolação,
De mãos rezando por um dia
De esperança, de consolação,
É onde me encontro,
É onde o eu é um eu mais que um todo.
Na sombra do desconhecido,
Na expressão comum,
Na cor que grita,
No monumento,
O meu ser anónimo faz a sua morada
E, assim, não me acho tão só,
Deixo-me encontrar,
Personificar, vaguear,
E descubro no real,
No singular, na unidade,
O que há de mais complexo
No meu ser,
Na minha alma.
No meu ser,
Na minha alma.
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