segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Processo

O processo, aquele de Kafka, decorre lento em minha cabeça, 
Nos meus olhos, na minha pele,
Enquanto o julgamento com juízes e advogados e agentes de autoridade
Em imaginário de células de cinzento decorre em lento adeus,
Vou apagando versos e fazendo-me forte,
O real decorre em ondas, etéreas e nulas,
Faço travagem a fundo em assunto,
Mais páginas de fim de dia triste ou alegre como o tempo que chove, faz frio, 
Alma que vê além o aqui, o neste momento, ou se calhar algo de trivial,
Apenas cheiro de emoção, nostalgia de lembrar...
Não é nada,
Ou é trovoada, retrocesso de imagem que é entropia,
Microscópio de análise de atmosfera,
Socorro... digo alto até os pulmões não terem ar
Há vida em Marte e eu morri há 14 anos.

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