sábado, 7 de março de 2015

Tic Tac

Trôpego, um pouco inconsciente, inconstante,
No ar um arrepio de chuva e um silêncio de escuro,
Caminho em movimentos estáticos, automático,
No pensamento fértil,
Noto que ainda não há o senhor que vende castanhas,
Sentir o cheiro tranquilizar-me-ia neste anonimato,
Em vésperas de sorrir desfraldo as emoções no corpo de instantes
Como é um voo de gaivota num leve ruborescer,
Nada é inquieto, apenas instável no momento de tocar o ambiente
Que ergue o som de relógio,
Tique-taque num ápice,
É Natal como senti o nervosismo de época de exames,
Nada me é indiferente e nada sinto,
Riso húmido e cores garridas que desmaiam,
Nocturno ou momentâneo, calculista, simbiótico,
O rapaz dos problemas e incógnitas,
São apenas sombras como corpos chineses
Na manhã clara de sentir.

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