A cidade arde muros e contextos,
Livros de olfacto, a embalagem rosa,
No fim de me perder, rosto macio,
Rock sempre gasto, embaciado,
Repito a onda, a emoção ainda resiste,
Nesta calma de sobretudo que me cobre o corpo de desaire,
Ouço o limite, o mar de olhos,
A destreza de funil, de alambique,
A testosterona, o ditado infantil,
Tudo é um sorriso, tudo desnecessário,
Um hino ao amor na manhã dos corpos cansados por ser dia,
Figuração de cinema nas linhas que fazem andar
No vasto sermão deteriorado de noites frias,
Ainda não acordado,
Ao espelho imaginado.
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