segunda-feira, 10 de junho de 2013

Realidade

Uma voz chama o meu nome
Na noite da minha memória,
Não presto atenção, estou paralisado,
Ausente mas presente num futuro longínquo
Que nunca será realidade.

A partir de hoje não faço o que fiz
Vou deixar que a vida decida por mim
Se não souber qual o rumo a seguir espero
Por um sinal, uma memória, uma metáfora
Que me indicará o caminho de volta ao sentimento.

Sei que estas palavras são lágrimas
Vindas de uma alma solitária e melancólica,
Mas nem só de tristezas vive o homem,
Encontro a alegria num rosto, num gesto, num poema, numa frase,
A sinceridade num qualquer olhar de esperança,
A mentira, verdade ausente
E uma mão que limpa o choro do vazio,
Lágrimas de um futuro
De olhos nublados, cansados.
Rodopio de horas sem fim,
Com instantes que são horas sem espaço
Pensamento escavado
Em mundo absorto de expressões
E olhos fechados que vêem a escuridão
E mais nada.

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