sábado, 7 de dezembro de 2013

Sonolência

Encanto de figura que me olha,
Me vê como sou, sem mais nem menos,
Somente eu que mostro o meu ser.
Eu não me sei de cor,
Em mim um acontecer que não domino,
Não vejo imagens ao espelho,
Tudo é cego no meu ver,
Tateio a emoção tão longe de mim
E desapareço em noite,
Ofusca a luz, o brilho, a ilusão,
Certeza de dúvida,
Imaginação de delírio,
Mãos sangrentas em meus olhos inocentes de razão,
Um silêncio que me cerca, mente, desnível, estradas azuis,
Objetos de segredo, pedra de cimento que seguro,
Vício de me conhecer, 
A roupa veste a calma de segundos
E, então, abandono o sono e deixo de me reconhecer.

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