quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Verso dos Dias

Abraço o corpo de mágoas,
Um momento de eternidade e tristeza,
A morte de pensar em nada,
A memória imaterial,
Na estrada de cinzas um atalho de sombras
E em Fevereiro morro também.
Constroem-se os faros,
Os afectos de música e pólen
De fugir da pauta de música como
Vida inteira na solidão emparedada de significado
De nada dizer
E tanto por dizer no que
Significo,
Amálgamas de sons e copos e bebidas em becos
E noites de sonos que transpiram o sonho
Na almofada que abriga a madrugada de novo dia,
Nova identidade, novo postal,
Ser corpo que transporta o que digo ou gemo
E durmo de novo no que sou e desabrigado de risos e choros
Que são o espelho de ser recordação
Emigro no voou de gaivota que regressa em pena,
Em noite de mocho e horas que digo bom dia
No soluço de um verso que caminha
Nas colinas de Lisboa,
Perde-se o verso dos dia.

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