Mais uma ferida, um corte, mais uma imagem,
Distância que se faz perto na minha imaginação presente,
Transpiro ritmo, um silêncio de luz,
Não sei definir luz, pois é a alquimia do vento
E se transforma em momento, em calma, em tempos,
Quando a filosofia dos corpos reproduzem corpos calados,
Quando a matéria do som emana de espírito,
A viagem faz sentido embora só,
Embora sôfrego, embora mendigo de mim mesmo,
Adivinhar o passado caótico e demente em simbologia de afectos
Que imagem tem o amor que cai,
Qual o momento do amanhã virtual e embriagado
De ser e não ser como filtro de causalidades, riso convalescente
No imperativo que não se cansa,
A força que não pára,
Remos e gritos e paz e conceitos,
Encontros desiguais no gesto de parecer igual,
O ritual de ser uno dentro do espanto,
Ser único e lento e mortal, delirante
Como regresso ao fundo de tudo em mim mesmo.
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