Sobe em cena a peça nua,
O corpo dormente,
A asa escrita,
A alma crua,
O ensaio de artefacto constipado,
A homenagem pré ou pós moderna, tanto faz,
A semi-breve súplica de pauta, rasto macio,
Mimetismo de olfato em horizonte de domingo em contra-luz,
A peça lenta, porque breve senão em harmonia de batuta orquestral
Na sala moída de silêncios e andrajos
E cimento nos cantos de fim,
Estátua adormecida e nunca estática,
Por nada que possível ou concreto,
Momento de horas tácteis
E nexos mágicos da cor de sonho quase reconhecíveis mas factuais
Como ângulos abstratos em papel pardo,
Como um actor que recria a história num acto,
Um vago cheiro bas-fond,
O piano, a cortina, o código morse.
Sem comentários:
Enviar um comentário