quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Eterno Regresso

Vou começar a minha viagem
Interior ou exterior,
Tanto faz,
Viagem de fotografia,
Texto em verso,
Poema de afecto,
Bengala de memória turva
Em oceano de noites bravas
Que descubro no meu entender de observador
Da imagem que ficou.
Foto, imagem de ser, de pertencer.

As noites são escuras e não se recordam,
Impulso de cores,
Magnetismo de olhar em frente,
Mas marginal e autêntica
Na sua maneira de se confessar,
De se materializar
Em aceno a um barco que navega
À deriva no mar.

É instante que dura o tempo
Necessário para acertar relógios,
Despedida que faço da saudade
Do tempo que foi
E dura o tempo de canção que escuta
O processo de ter sido
E não volta atrás na pauta de música.

É um eterno regresso,
Tal como um livro impresso
Em virtual memória de palavra
Que discute o preço,
Pregão de varina,
Ou um bilhete de namorada há muito tempo na gaveta.

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