Tantas vezes te tentei alcançar,
Tantas vezes,
E fugias veloz
No enredo de ocas, cruas palavras
Que não eram tuas,
Não sei quem eras
E o que vias em mim
Quando me olhavas no espelho de meus olhos.
Estonteante, fugias por mundos vãos
E eu a teu lado,
Ingénuo, a perceber
Qual o livro oculto
Nas palavras que dizias,
Qual a personagem, que filme,
Teatro de nudez,
Que roupa usada,
Qual a cor desbotada de verso,
Paixão surda de olhos
Que não viam o meu olhar.
Em mim a imagem que focava
O que era recordação dos teus olhos
Fixos nos meus,
Que não me viam,
Mas que ficaram presos nos meus.
Sem comentários:
Enviar um comentário