Não encontro, não me acho,
Inútil imagem, sábia noite
De desencontros.
Pertenço ao ar imaterial da manhã
Que passa por mim
E segue veloz para longe
Sem deixar recordações na paisagem.
O Sol macio tacteia a pele
E queima a sensibilidade do tempo,
Tatuagem cúmplice que me escapa.
Eu estou preso no devir, porvir,
No silencio acto de desatar a filosofia
Que insiste em se demorar.
Sereno, em paz,
Mas feroz no fogo de emoção,
Na demente fuga a enredo
Que vagueia, assim, como nada.
Alma que foge brevemente
E alcanço em abraços
Frementes em tonalidade
De desilusão e amor que
Os meus olhos não vêem,
Não sentem.
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