Num recreio de nomes e canções ouço o burburinho,
Algo que se passa,
Eu enegreço a tarde e ouço.
Em mim uma fútil timidez,
Um pouco que me dou,
Um muito que acrescento e pressinto.
Multicor de multidão,
Um sinal de passagem,
Semáforos,
Carros e pessoas e gente e
Conteúdos que perdem o seu valor,
Um rádio que se prende a ouvidos
E ter tudo como letra ileterária,
Perder o preço de palavra,
Subir as escadas, muros de sons graves,
Pesados, agudos de doer,
E, desintegrar-me na onda do vermelho,
Esconde-se por detrás do meu sentimento
Tal como processo oculto de voou de pássaro do irreal,
Pássaro do retrocesso do eterno e sereno guião a que me confesso.
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