A viagem de corpos, silêncio, ausência, câmbios, paz,
Morde-se a palavra em ritmos da cidade,
A migração, passagem, tudo o que não vemos,
Qualquer mensagem como ocultismo, gargalhada nua,
É manhã nesta Lisboa despida,
Frequentei os bares líquidos, noite clara,
Caminhei em frente, qualquer coisa, uma pedra, uma janela,
É tempo de dormir,
O regresso ao leito,
Aconchego da memória e segurança,
Nada de facto me ficou,
Sombras e afectos, despesas e um sentimento de nulidade,
Carícia de amanhãs, ressaca e dias lentos,
Sou experiente nisto tudo,
Nada histórico a assinalar,
É urgente esquecer,
Vertigem louca, o acenar demente,
A inacção, desapego,
Tudo esqueço.
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