Destituído de sentir,
Amar é uma palavra de dor,
É um instrumento de nervos
Como alquimia de desordem.
A manhã desliza na cabeceira da cama,
Estou apagado ao som,
Estou deserto e só,
A fronteira da liberdade,
O Cosmos dedilhado num coro morto, cru,
Vendi ilusões num saco de café,
Escutei o sabor de pétala na tarde dos sábios,
Lembrarei a história num dia em que chorar
Seja a ciência dos justos,
Lembrar-me-ei de códigos e sentenças
Em teclas marginais de pianos.
Esquecido, ignorado, derrotado,
A história é a ignorância dos povos.
Fecho os olhos,
Se mesmo sonhar é forma de negar o ritual,
Desconstrução do real
E da compreensão do belo se faz a travessia ao silêncio
Das páginas amarrotadas dos nossos desenganos.
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