Não me conformo,
A impaciência através de um copo transparente,
Vazio de imagens, cor,
É urgente o vício
De mil horas
Num cronómetro
Descompassado,
Corrida, planície,
Corro e não ando,
Estático no meu pensar,
Atropelo o real do eu,
Só eu me sei,
Todos somos o que ocultamos,
Pois o pensamento não tem som.
Talvez alimentamos electrodomésticos
E esquecemos de pensar,
Talvez haja a fuga à liberdade,
Somos o que não queremos,
Talvez autómatos,
Talvez o sonho é o alimento da alma
E morreremos até na ambição da imortalidade da alma.
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