Havia um burro que fugia,
Havia um astro de mármore
E os dias eram leões de circo no palco de todos os dias.
Penteava os cabelos que escureciam a luz do céu de estrelas,
Era noite em Lisboa como qualquer outro sítio igual e distante,
As estrelas eram brilhantes,
Queria uma estrela que a metia no cabelo
E uma Lua de ilusão junto de mim,
Era breve o sonho imenso,
Era eu num quadro,
É a minha alma de luz,
Setembro era pálido para a luz de eu mesmo
E colhia orações de ramos de árvores no meu pensamento.
O vento e os moinhos de cores garridas,
A trágica condição de sobreviver sofregamente em três actos,
Em sereno endoidecer plantei pistas de roupas,
Versos incompletos e palavras com silêncios
Como uma tarde em que miro a minha imagem,
Espelho inconstante por si só.
Sem comentários:
Enviar um comentário