sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Olhos de Luz

Espírito de sombras,
A cor improvável de tuas mãos no meu peito ansioso,
A destreza de palavras e emoção de riso descontente 
Numa praça abandonada, 
Um dia de Verão gasto.
Corpos de sinais e melodias triunfantes,
Odes ao mágico nascer do dia,
A erva do jardim demora no seu abraço de perfume multicolor.
Faz sentido por vezes sentir o dia e o calor ameno da estação,
Grito demorado na distância de número,
Lembrei-me de calar
E esqueci-me de letras e livros,
De seduzir o que já não é ritmo,
Creio na sagrada imagem do meu sonho,
No solene adormecer inanimado que me pertence,
A missão de erguer o dia nos meus olhos de luz.

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