É um dizer como não ou qualquer palavra,
Representação articulada do movimento que agita a mão,
Agora desdigo o verso e penso no reverso e seus cambiantes,
A melancolia da expressão,
O sentimento é uma luz,
Trágica lágrima do criador,
Em suas mãos ergue-se o momento,
O dia clareia as ideias ainda dispersas em ambiguidades de coçar a barba por fazer,
O salto do clarinete em frente à janela
E o riso na plateia, um esgar de dúvida e talvez, sim, riso do inesperado de fait-divers.
A graça é um fenómeno sem preço,
Não está tabelada em placas de supermercado
E rir às custas é um fenómeno que tento compreender,
Apropria-se a piada da graça com os preços de desenganos
E o que não disse poderão talvez supor
Afinal a liberdade de pensamento, a poesia e a oração não pagam a renda da casa
Nem os olhos de folhear um livro é metade do preço
De olhar uma revista de celebridades.
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