Tantos anos como indiferença de dias planos,
As lágrimas brotam de uma fonte de desejos ,
Flores ao vento e pensamento,
Há muito que sou estátua de jardim,
Pessoas e crianças passam por mim
Felizes por se acharem na alegria comum,
A lágrima do sentir é ténue,
Desdobrável, folhas de livros de pétalas,
Vou desculpando a vida,
Apago uma estrela e ando em frente ao abismo,
A calma de ser só eu,
Múltiplo de nós,
Com sonhos e cabeças flutuantes.
As desculpas inventam perdões,
Sou mendigo de imagem
E quase evito sorrir
Ao espelho de Alice,
Tento apagar números e subtracções e câmbios
Do infinito,
Nada é substituto de si mesmo.
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