sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Palavras Caras

Palavras caras não te servem,
És palavra tímida como flor, insecto, raiz, cruz,
És talvez nova linguagem,
Analfabeto de imagens que lê em meus olhos um sereno amanhecer.
Eu, eterno indecifrável,
Hieróglifo de noite impaciente,
Elemento místico, música e ritmo,
Alguma coisa de valor.
Vejo-te,
Toco-te, meigo, para te sentir perto.
És um livro de gestos.
Amanhã irei ler novamente
A emoção do que escrevi,
Descobrir nestas ténues palavras que compus,
Talvez um dia conseguir 
Tua alma ferida poder conhecer.

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