sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Ser Forte

Tenho de lutar, ser forte,
Se a fraqueza sempre me acompanhou,
É dolorida a lembrança da injustiça
Que nunca me abraçou,
Nuca me valorizou,
Nunca.
Sopro os amanhãs numa vela que arde
Como minha alma,
O coro de carrascos e criança
E punhais e a destreza de choro calado
Que geme a incerteza.
Não pertenço aqui, sou mais que isto,
Sou mais que danças, sou mais que letras,
Sou mais que ambição, mais que doença,
Sou tanto e sou pouco,
Sou o que construí, o que semeei,
O que me deixaram foi talvez os sinónimos,
Os versos que, cansado, canto
E sei que não sou quem sou.

Sem comentários: