Profundo e oco existir, o eco de um silêncio que grita,
Mar que afoga, corrente de marés e enganos,
A guitarra uiva o som de deserto,
Este jeito de imagem, um pente, um drama,
A ocasião de acaso, um passo na direção de cair,
Subir descendo e sobretudo não ir longe, pois o corpo não sente
A manhã de cravo, a tarde fútil,
A certeza de fúria, o rosto na dupla face,
Um câmbio dúbio de incertezas roxas,
Os intérpretes da memória,
Um escasso momento de luz e papel,
Suave, a amplidão de assunto no manto delicado,
Erguer de simetria o pranto
Ou talvez a derrota em fogueiras apagadas,
Nas notas semibreves, o solfejo das flores
Na tarde de sol, a janela sufocante,
A impaciência de gesto sereno como um oficio de vidro
Ou uma trova pálida que respira a geada e o corpo lento
No passo de uma pessoa distante de si mesma.
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