quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Mente

Há um determinado estado ou sujeito lento e disforme
Na vasta lenga-lenga visual do tédio de rua,
Ritmo encasacado ou vasto e inútil
Como cor marfim no relevo semi plano do tempo.
A imagem consome o frio, a passos crus do costume
Que varia a tradição de mundo,
A margem escolhe o leito que cansado fico,
O Outono resvela em cadências inumanas, em tons pastel,
Em faces e mitos urbanos que bramem a invariável ironia real e passagem à cálida flor que nos chama,
O vento anuncia rastos e corpos sempre nus na paisagem do íntimo,
Em breve emudeço, em segredo a paz do cheiro da pele,
Se fico ou vou se hesito ou permaneço
É um ritmo desatento que enredado de palavras que murcham a simetria
Fazem a linha plana ondear no desnível sideral e corporal da mente.

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