quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Suspiro

Um suspiro, sentimento que esvoaça, 
Limite inventado de sonho que nasce dentro de um campo de Sol ao fim de nunca acabar.
Alvo ou traço na janela embaciada de frio,
Uma semana, um lamento, algo que se contradiz,
Embriagado de palavras, 
Recomeço ou final,
Por vezes virtual e uma frase áspera, ilusão e real, o que não sei dizer
E o faro que pressente algo rente no presságio, sempre faro.
Por vezes apago o corpo, por vezes o silêncio e o relógio esquemático
E o nada que apago ao som de metáfora.
A face sombria e plana das palavras lentas que rompem a alma ao limite inventado de luz.
Os dicionários mentem, alfabetos entornam letras caladas e dementes
E a pergunta no verso da moeda fechada, na árvore imaginária,
O abraço que rompe a voz e o grito na imagem que regressa em cada momento de paz das trevas sempre longe,
Sempre perto.

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