A razão crua, a emoção vazia como pedaço de vidro,
Veste negro o momento,
A cortina de pano esconde o engano de casa em ruínas,
Em passo derivado de andar em forma desnivelada, neste momento, por entre palavras
De língua saturada, a cordilheira, o céu,
Todo o mundo espera por algo,
Espero corpo que rodeia a memória, a infância,
Todas as idades de buscar-me intato,
Sempre o real que me escapa,
Há uma sereia que aponta a saída,
Um barco à deriva e um achamento
De livros encobertos de sábia memória, pó e olhos
E pouco mais faz sentido
No acidente, no momento presente,
Na lúcida e velha memória demente
Que de mentira envolve o rio
De ser eu apontando o segundo que espero, eterno, por instante,
Tanto faz sentir ou deixar-me ir.
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