As pessoas é como uma chuva que passa, ao de leve,
Sentimentalmente, como se corpos físicos murmurassem um fim,
Em embaraços, em colapsos, em olhos metafísicos,
Vi um todo que geme,
A semente de ócio cresce nos bolsos, na impaciência, no cinema figurativo
De horas santas em que espreguiço o guizo lento de ouvir o perfeito nada
Oblíquo de deixar real e essencial passar
A vida num átomo que resiste,
Alquimia vermelha e tons quentes deslizantes,
Suaves ao tato de essência,
Tudo não dizendo palavras, pois as palavras são postais e caixas graníticas,
São um amigo de longe que nomeamos,
Acendemos cigarros, conspiramos nos endereços de nós mesmos,
Na manhã seguinte rimos em memórias,
Os rostos câmbios,
Despedem-se como máquina de encontrar tempo
De silêncio em prateleiras desfocadas e simétricas de assuntos
Que repetimos nas palavras chávena e bule,
Café açucarado como encontrar paz que respira a prisão morna
Ao sentir vibrações sufocantes de filme já rodado de não ter gracejo
Como fugindo de sintonias que não vale a pena,
Pois o registo é monótono
E ainda há lobos que me estudam o flanco
De ferir a carne até a pele resistir
No momento que escuta as portas de origem natural de ser quem somos
E ouvir o som de notas que escapam nos bolsos de quem observa o rapaz
De todos os dias ser tudo o que não sendo deseja
A verdade e o comunismo da utópica vontade de ser ele mesmo que não o sendo deseja que afinal fôssemos.
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