E depois tiraram-me a palidez de Maio,
Ao de leve, esvoaçante paz de Abril,
O sorriso da estação nua,
A fronteira quebrada em meus braços,
A miragem estendida, olfacto em quebranto,
Rege-se o desencanto, o ar tumefacção,
O corpo cinza em sangue encoberto de dor,
A batalha do fogo raso,
A influência do nada e vazio de nada entregue em nós,
De nós sem eu e eu sem nada no que sou
Achas do convés que acena a razão,
O navio parte em maré, não regressa o navio,
Fechado, mudo, marginal e semi-breve,
Entoando a face dos afectos encenados num esgar,
Numa alegoria em três passos de desfalecer.
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