No silêncio uivando vento
Nada importa, a melancolia desajeitada,
A roupa da manhã embriagada,
Faz frio no momento,
Na calma do segundo residual
Passando a melodia,
A trágico-comédia
Assinando o processo
Lento, assimétrico, pessoal,
Sem face, sem passado,
Como um carro, foice marginal,
Campos abstractos,
Pontes e riscos, o gesto de todos os dias,
Calendário de emoções, drama sem palco
Apaziguando a dor
Do corpo debitando palavras
Em bares de todos os dias,
Uma bebida, o álcool, as horas emigram,
Os mass-media, electrodomésticos e luz perene,
Exércitos de corpos dolentes, vagos como imagem distante,
Como ondas, bandeiras movendo-se em liberdade amordaçada
No quotidiano de céu azul.
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