Soluço e espanto ,
A pedra exacta de existir,
Mudo e calmo como uma serenata de luz embaciada de teatro,
A fonte do medo dissipa a vontade do gesto embriagado,
Em beirais de trigo amanheço, em sonhos desvaneço
E um arco de momento como um rosto que passa e sorri acende
A planície de acenos triviais, concordatos e plenos de
Sentimento, de fuligem, de ar rarefeito,
Neste banco sento-me e neste instante morro em fantasia
Porque nunca existo senão no que acontece no acentuar da exclamação
Do que sinto e não sinto,
A face mórbida encerra o ato de três pontos colado em palco
Na cena de sinais e leques como um objecto de estanho em qualquer
loja de ocasião,
O relógio, um compasso, um rato, uma espera,
A treva e a Primavera,
A outra picardia do verso em relevo
Na veia saliente
Que faz frio no outro lado do espelho.
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