Serei o movimento,
A distância que percorres ao segurar o sexo,
O leve acordar das coisas sensíveis.
Serei o suor da tua pele,
O odor invisível,
A tua imagem construí em delírio,
És o silêncio de paredes, sons e mente,
O que está para lá de portas,
O orgasmo a viva voz,
Tudo o que não se escreve,
Tudo o que não se aprende,
A liberdade de ausências
Em que não sabemos o que somos,
Despedida da imagem de nós próprios,
A sugestão de corpos desnudados,
Sem cor nem tema ou melodia,
Somos nós,
Inteiros mas solitários nesta entrega,
Comunhão de sentidos,
A carne, metafísica dos usos e costumes
E tudo o que já foi inventado e queremos como livro de corpos,
Caracteres inexpressivos dos dias de nossas vidas.
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