sábado, 17 de maio de 2014

Esperar por ti

Diz-me qualquer coisa que nada diz,
Diz-me para esperar por ti,
Que demoras pelo meu abraço
Na tua pele nua e distante,
Eterna magia de amante na planície de amor desbravado.
Recolho o teu corpo
Despojado de manhãs ansiosas,
Anjos anunciam a tua palidez,
Para te sonhar acordei-te memória de futuro,
És cor viva,
Todas as sílabas de Verão
Que morre quando o Sol nasce no teu nome,
Flor, erva daninha do nosso deslumbramento.
Timidamente desaparece a nítida imagem
Que desfocou o meu desejo.
Braços percorrem os traços, sinais
Da tua presença,
Ausente, sempre libertadora.
Descobri a tua luz em minhas mãos de espanto,
Breves manhãs.
Canto a solidão,
Todos os perdões,
O grito das aves,
Sangue derramado na minha bandeira da verdade.
Os meus dias inúteis, inconclusivos,
Afastamento e retiro
Como as pedras da calçada.

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