Entristece a árvore e o tojo campestre,
A súplica de beijos, a união e a negação
Como se fosse corriqueira a vida que sonhasse
Na manhã que nasci,
No telescópio de imagem residual de pássaro
Como se céu contesse um aquário na água vazia de som
A imensa perda de trunfos de alegorias
Vazias de fungos que enchem estes olhos que por vezes dormem no mistério
Intergaláctico que não entendem
No fundo do dedo que acena moral
De anel e fato de gala e bengala e laços e confétis
E toda a tralha que construímos em pó de casa numa década de silêncio,
No muro que cai de tons ambíguos e inóquos
De miséria e detrito de palavras que constroem
E destroem a imaginação de tudo o que cabe numa boca
Percorrendo as artérias e células
E remédios e momentos que ouvimos pianos em grafonolas
No entrudo e sapatos lentos
De pisar sempre estes assuntos
Que carregamos nos pés toda a vida sem serenar
Estas coisas da alma.
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