O capítulo noite e luz na cabeceira da cama,
O pavio e o lume desembaraçado de gestos,
Ainda sagrado e profano na minha melancolia,
Aves monstras que ficam em terra
No desejo de voarem nos céus,
Trazer a esperança que morre todos os dia em peitos de dor,
A semente de ócio e baloiços de penugem de artimanhas
Como adolescentes que soluçam a vida de sempre,
O retrato amanhece, estou triste,
Lisboa é um naufrago distante,
Uma entidade que chora emoção,
Desisto no enredo,
As palavras brancas como casulos enigmáticos de cores sombrias
Nos ninhos descabelados,
Os estendais trazem corpos pendurados
Á luz semi-rígida de lembrar,
Encerro o passo cru,
A leve sombra, a faca, o mocho,
Tudo um processo lento de buscar o sentido de amar.
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