O lamento é uma fuga na dispersão,
Quando aponto uma imagem o som cai,
Lentamente, no papel, no silêncio, num ai,
Num ápice, nuvem, hálito,
Demora ainda o ser que recobra pedaços no chão de todos os dias,
Momentos e estátuas lisas,
Desmaios sem dor,
A máscara enigma no processo rosto
De cheirar o corpo espelho,
A visão de feixes lunares que luz enganos
Nas entrelinhas de céu
Desaparece na inocência de arrastar ainda colunas,
Ainda versos
Na sequência de resolução de palavras homens,
Palavras mulheres,
Ainda a sombra de um lápis sereno,
No registo de dar o nó
Ao volte-face, à imagerie,
Palavras que saltam no jogo de cidade
Incandescente de abrigo ao perpétuo nome que ri
A mística de gramática corpo de escultura como câmbio
De tortura e
Língua escura e dura no ato de falar o que sinto
E que resiste ao teste de compreender o vidro embaciado,
O relógio atrasado,
A cultura campo de conceitos e criticas alinhadas com o gracejo
Sempre a preceito no canto da boca
Que agita a fama e o duro golpe
Da fazenda do traje,
O sapato de vela e uma caravela no cinzento riscar de fósforo animal
De seta de vento no mar de impaciências.
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