terça-feira, 7 de julho de 2015

Não Ser Eu

Adeus, despeço o sentido de adeus,
Entrego-me emoção nua de desejo de fim,
No cinzento de moradia, na planta, na ilusão,
Ainda a incompreensão, sei de tudo o que me resta,
Não, ainda falta a luz aumentando o pensamento,
Até quando o sonho que não alcanço
E bêbado de faces e dança e musica
E actores e desenraimento
E soluços e dores,
Tanto o que carrego quando olho no céu
A leitura de fechar os olhos e parar,
Quero o preciso, o atual, o clean,
A magia falece o sonho de mais do mesmo
De novo e entretanto espero livros,
Espero a madrugada,
O medicamento da alma ressuscita o crente
E eu desmaio em ondas que afogam a certeza
De não ter sido na vida verdadeiramente eu.

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