sexta-feira, 19 de junho de 2015

A Casa

A casa move-se como um circuito,
A casa tem árvores e um ramo de jasmim,
Em fronteiras de morte o objecto labareda
Acena como esquece cinza
Que afaga o chão de mar,
Acalma espírito, ainda mar,
Ainda me afogo no vento,
Há transtorno em cavar o assunto, escasseia no arroz
De refeição da casa,
Arranho a asa convalescente num arrepio,
Tanto e nada como olhos pintados,
Emigro em momentos de estar em todo o lado,
A casa mexe-se no tato rugoso da parede,
A rapariga toca na porta da morada a seguir ao rosto
Derrotado,
Num pano, num dedo,
Um germe de horror na porta, na janela,
Na palavra passe do encenador da casa
Faz silêncio.

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