A mistura de pó desabrigado de momento estático
Num casario de hera e sapiência,
Nostalgia de ramos de animais que fogem os conceitos
Tão longe de si mesmos,
Nota de alface no mês de Março,
Segredo colibri da madrugada.
Não atear o corpo e viver incerteza,
Muito se estica a placidez e a vastidão de mar
Como o ombro que anoitece na cama,
Ainda não adormeço contando equações milimétricas de contas e rosários
De milhões de anos residuais de enganos,
Esta noite estremece a luz
E levantar a coroa demora na face
Descaida em desmaio
De três mal-me-queres de ilusão
De passagens da Biblia,
Sereno e realidade falsificada como Natividade
Ou whisky destilado de noite só,
Gomos de resina e balões de santos
Entretanto deixo a luz e encarno em nome distante,
Nunca sei ser eu,
Nunca me sei,
Talvez a magia de infinito,
Corpo desunido e convalescente como um piano ou um actor vestindo a imagem ausente.
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