Hoje deriva o nada,
Fogo de pardais e um lenço,
Amanhã a gaivota prende a asa no sonho diluído,
Desisto da calma em rostos de ir dentro de mim,
Regresso a um torso, uma vaga retumbância,
Um acorde de náufrago de cetim marinho e ténue,
Ainda existo nas letras como um ninho
E um caminho que empurra a minha força que resiste
Em tempos de costuras e medicamentos
Como um pêssego que trouxe no bolso,
A merenda num dia de Sol,
Calmo o olfacto que respira a maré que incomoda,
Acaricio o rosto de fim de viagem,
Tantas feridas que não sinto,
Tanta palidez no toque,
Que frio demente isto que sinto.
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