domingo, 17 de julho de 2011
Dicotomia
Não tenho o condão de me descrever,
Se tento, não me sinto identificado.
Não sei qualificar o meu sofrer
Pois num dia tenho asas e sei voar e noutros sou ser flagelado.
Olho a imensa paisagem e tento descrever o que vejo,
Mas faltam-me palavras, não sou ser contemplativo.
Se sei voar, por vezes também rastejo,
Intenso e grandioso e outras vezes depressivo.
Há como que uma dicotomia no meu ser,
Sou tímido e reservado mas ousado e excêntrico também.
Apagado, a mitigar uma dor ou centelha a arder,
Dou-me generoso às pessoas, mas, por vezes, dou o meu desdém.
Há uma força incutida no meu peito
Que tem tristeza, desolação e gargalhadas e sorrisos vários,
Com estes vou vivendo a meu jeito,
São conceitos, verdades, ideias que resistem no meu calvário.
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