Da minha boca desprende-se um enorme bocejo,
Horas de tédio de puro aborrecer.
Tenho fome de desejo,
Há um vazio por preencher.
A monotonia é triste sorte
De estar no abismo a olhar para a morte,
Ousar a aventura, o sal dos dias,
Do divertimento não poupar economias.
Tudo se repete,
Até eu em mim,
Quero fugir ao fastidioso frete,
Fazer da vida um festim.
E chegar ao fim completo,
Sentir-me realizado.
Não sentir esta coisa que me deixa inquieto
E por fim dormir um sono imaculado.
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