segunda-feira, 14 de abril de 2014

Abraçar

Tenho a vontade de tudo querer abraçar,
Todos os sonhos, angústias, a minha solidão,
Receio monstros de ilusão em minha testa febril, demente,
A noite é tudo o que quero esquecer,
Escavar buracos em letras passageiras,
Nela enterrar bem fundo o mistério das horas da noite
Perdidas em minha memória.
Minha mente é um embaraço,
O meu corpo uma caravela que se perdeu 
Na escura, indefinida noite dos enganos,
Já me multipliquei, transportei, migrei 
Em braços de morte, 
Amei o que chora, chorei quem me amou
E consegui afogar mágoas em vestidos
Esvoaçantes numa corda de enforcados.

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